quinta-feira, 22 de maio de 2014



Tanto tempo sem nos tocar

tão tétrica
branca
frígida

Como a distância nos separou?
Calou nosso grito
suspiro, sussurro
e gemido

Outrora sensual
persuasiva
permissiva

E o que é que nos falta?
inspiração?
vinho?
atração?

Ou contração?

Tão minha
Tão tua
Por que não rola?

Tão branca
Não virginal
Artificial

Folha minha,
devolve
a poesia
da minha vida!



Santo Diós!
A última publicação é de 2010!!!
E esse poema me brotou assim, sem mais nem menos! Claro que tinha que ser metalinguagem! Mas e daí?
Quem sabe não é um período criativo que está pintando!?


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Acho que a cada dia eu estou mais pós-modernista e menos ultra-romântica!
(e a Alice deve ter se perdido no Tátaro e não mais mantém contato...)
Cara que falta o Calvin e o Kiefer fazem na minha vida...
De ter me mudado pra agora onde eu estou, a coisa que mais tenho sentido falta são dos meus antigos cadernos... (que ficaram na casa da minha mãe) em momentos como esse, de não inspiração, não raro era me entorpecer de mim mesma, e era como por meu eu-lírico em frente a um espelho, obrigando-o a se lembrar de quem ele realmente é.

Pero... no me importa
no me importa nada, ni a nadie
van a sus putas madres
=)

estoy más leve

quinta-feira, 24 de junho de 2010

De todas as pessoas do mundo, a que eu mais quero é a única que eu não posso ter. Me pergunto frequentemente se teríamos mantido nossa palavra, e aonde estaríamos agora. Talvez onde tu estejas... que é onde gostaria de estar.
Dentro de mim ainda ecoa aquela afirmação.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Como um anjo regresso do inferno
Teu semblante em corpo estranho

Teus olhos, tua boca, teu nariz
Iguais, como uma visão
Gelei ante esse outro ego

Perfeita cópia, de onde vieste
trazer as promessas distantes?
os adeuses mandados ao limbo?

Tua voz ecoando, porque
sempre regressa mais alta,
se não, mais, me diriges a palavra?

Mau agouro, ou saudades doi[í]das?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Fosse eu escritora
a tua história
não teria começo
nem fim:
Adeus somente a Deus
aos mortais, jamais

domingo, 14 de junho de 2009

Mon ami

Meu amor de Pierrot morreu
Mon coeur, où tu est?
Cai e teus braços não me seguraram
Mon âme, où tu est?
Qu’est-ce que je fais sans toi?

Meu amor de Arlequim morreu
Mon amour, où tu est?
Cai e tua cama não me amorteceu
Mon sex, où tu est?
Qu’est-ce que je fais sans toi?

Pierrot et Arlequim
Me deixaram
Moi? Moi, je suis la Colombina
La Colombina sans amant

Meu eu, meu outro eu
Où tu est? Ou tu est?
O que fazes então, Pierrot Arlequino,
Que não cuidas da tua Colombina?

Où tu est?
Dis-moi, où tu est?
Dis-moi, qui a éte que te a donne
L’autorisation de mourrir?




(Peço desculpas pelo meu francês, c'est trèz bizzare, sobretudo na última estrofe...
depois eu procuro ajuda de um tradutor que saiba o que está fazendo...leia-se Grando...
mas não importa, é de coração =/
meu eu-lírico tá sozinho no mundo agora, e eu não sinto outra coisa que medo, e saudade)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Bebi mais um gole daquela água. Quente e densa. Como uma dose de algum veneno. Ânsia, ódio. Então era assim. Fácil assim, o fim.
Em seus olhos eu vi a mais perfeita descrição da dor... a dor que saia do meu coração flechava-os, de modo que lacrimejavam como seringueiras. Passei a mão no cabelo, e, fingindo indiferença, bebi outro gole. Ofereci o líquido.
— Bem, isso é tudo que eu tenho pra te dizer.
Silêncio. Teria preferido brigas, questionamentos, qualquer coisa. Nunca aquele choro contido.
— Essa semana eu busco minhas coisas.
E sai, deixando o peso de mil homens mortos pra trás.



rascunho. essa personagem nem sabe o que quer da vida ainda. nem eu.